A VERDADE POR TRÁS DO CONSELHO TUTELAR DE BOM JESUS DO ITABAPOANA


Creio que já seja hora de me manifestar publicamente acerca de um dos motivos que culminaram em meu pedido de Destituição do Conselho Tutelar.
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a todos os bonjesuenses que confiaram seus votos a mim e acreditaram em meu trabalho.
Creio que dentro do possível e das limitações inerentes à função de Conselheira Tutelar tentei desempenhar um bom trabalho e tive grande comprometimento com as demandas que chegaram a mim, não deixando que estas ficassem sem respostas, fossem elas positivas ou negativas.
Entretanto, no exercício de minha função, pude deparar-me com outras conselheiras não tão comprometidas com suas funções. Que acreditam que a importância da remuneração recebida está acima da importância da função que desempenham. Que não tem o mínimo de respeito pelos usuários e pelos colegas de profissão. Que abusam do poder, que são preconceituosas, mal preparadas e que ocupam o cargo por mero Status.
Conselheiras que em dia de seus plantões não tem a responsabilidade de atender o celular de plantão, deixando a população a mercê de seus problemas.
Por várias vezes a Polícia Militar bateu a minha porta, bem como membros da comunidade, porque as plantonistas do dia não atendiam aos telefonemas feitos para o celular do Conselho Tutelar. Conselheiras que não tem a preocupação de responder Ofícios que lhe são enviados. Conselheiras que brigam entre si para não assumirem compromisso de seus casos. Conselheiras que usam o carro do Conselho para carregar seus filhos pra cima e pra baixo. Conselheiras que usam o Livro de Ocorrências de Conselho como "livro de fofocas" para descarregar suas frustrações e divergências pessoais contra outras conselheiras. Conselheiras que prestam declarações falaciosas em livro público e oficial denegrindo a imagem das próprias colegas de trabalho. Conselheiras que não atendem à denúncias recebidas e depois escrevem mentiras no livro de ocorrências.
A saber, que o CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente conhecedor dos fatos apresentados nada fez para solucionar o problema. Nenhum membro advertido ou punido por seus atos.
Além de todos estes fatos de que pude ser testemunha ocular ainda se agrava o fato de que, durante o tempo em que ocupei o cargo de Conselheira Tutelar, fui vítima de ASSÉDIO MORAL, por parte de duas colegas de trabalho.
A saber que "ASSÉDIO MORAL é toda e qualquer conduta abusiva que, intencional e frequentemente, fira a dignidade e a integridade física ou psíquica de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho", posso dizer que fui vítima de falsas acusações por parte destas colegas de trabalho, com o mero propósito de atingir a minha moral. Que ao procurar o CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente mais uma vez este nada fez para fazer cessar o assédio e sequer advertiu as Conselheiras em questão.
Que devido a isto tive sérios problemas de saúde e entrei em Depressão, precisando recorrer a auxílio médico e medicamentos.
Novamente, relatei o descaso das conselheiras com suas funções e as falsas acusações que estavam sendo impetradas a mim (A saber, que tudo que relatei tenho provas documentais) e nada foi feito.
Solicitei ao CMDCA que trocasse meu plantão, pois eu não queria mais trabalhar junto com uma das Conselheiras que vinham denegrindo deliberadamente minha moral e o mesmo não tomou nenhuma providência. Entrei de licença médica, pois meu quadro depressivo se agravou.
Não esperei a licença médica findar e tomei a decisão de pedir exoneração do meu cargo, tendo em vista que o Conselho Tutelar devido a inércia de ações por parte dos órgãos responsáveis é um ambiente de trabalho adoecedor para qualquer pessoa que tente desempenhar um trabalho digno para a comunidade.
Nunca fui e nunca serei uma pessoa conivente com condutas antiéticas, antiprofissionais e impróprias.
Creio que falte qualificação e mais comprometimento por parte do Conselho Tutelar para que o mesmo seja capaz de prestar um serviço de qualidade para a população.
Enquanto prevalecer o Caos e a injustiça dentro do Conselho Tutelar não quero ser parte disso!!!
Espero, sinceramente, que o Poder Executivo reformule a Lei que trata sobre o Conselho Tutelar, assegure aos Conselheiros seus Direitos Trabalhistas e ao mesmo tempo estabeleça critérios que nomeiem Conselheiros mais qualificados para suas funções.
No mais, que a população não padeça com os desserviços prestados pelo Conselho Tutelar na atual conjuntura.
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